domingo, 30 de maio de 2010

Expressões curiosas

Sabem aquelas expressões que as pessoas falam sem nem saber o significado? Pois é, nunca entendi essas coisas. Suar feito um porco... Caramba, porco não sua! Ontem ouvi outra: “bêbado feito uma galinha”, se fosse gambá ou quati eu entenderia, mas galinha? Até peru, aquele que morre na véspera, teria mais lógica. Era só isso que eu queria dizer.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Besteira é comigo mesmo!

Gente, estou de volta! Espero realmente que eu consiga escrever aqui com mais freqüência (adoro trema, não sei por que tiraram da língua portuguesa, aliás, essa reforma ortográfica é, no mínimo, ridícula), na verdade gostaria de escrever diariamente, mas...

Tentando criar um hábito, ou uma rotina, aqui estou, sem muito para contar, mas tentando (sinceramente, depois de 40 dias tem coisa para caramba para contar, mas nada que me venha à cabeça agora). O que me fez sentar para escrever foi uma música que escutei ontem, coincidentemente lançada no ano em que nasci, e que gostaria de postar.

Ah! Outra coisa sobre mim: meu cérebro é como um televisor a válvula, tem que esquentar para funcionar direito. Ou talvez seja como um motor a etanol, o que deve ter mais a ver comigo... Então às vezes sento para escrever e não surge nada, quando de repente o cérebro esquenta e aquela verdadeira profusão de besteiras e coisas absurdas e/ou interessantes brotam da minha mente. Imagina a cena: os pensamentos enfileirados e se espremendo em um enorme corredor, tentando de todas as formas sair pela portinha do meu cérebro. Besteira é comigo mesmo.

Conversando com uma amiga que mora em Londres sobre o blog disse a ela que penso besteira o tempo todo, e que de tanta besteira que penso fica difícil escolher uma para escrever, e ela me disse que escrevesse exatamente isso, então...

Inclusive toda essa tecnologia a que nós temos acesso hoje em dia provoca em mim reações muito estranhas (acredito que nos outros também), por exemplo, como posso chamar de conversa uma troca de mensagens instantâneas através de um aplicativo do Windows? Como posso dizer que falei para alguém alguma coisa quando na verdade eu apenas enviei uma “mensagem curta” (é, para os que não sabem o que quer dizer SMS aí está uma dica) para ela?

Outra coisa são os e-mails, poxa gostava tanto da boa e velha ECT... Muitos nem lembram, ou simplesmente não sabem, como se envia uma carta. Tive uma namorada, milhões de anos atrás, que por força do destino, nos correspondíamos por carta, namoro à distância. Era um verdadeiro barato escrever uma carta, saber que levava dois dias para chegar, e esperar pela resposta, que também levava os dois dias no trajeto. Traduzindo para os que não sabem o que é isso: ela escrevia no fim de semana, postava na segunda-feira, eu recebia na quarta-feira, respondia, postava na quinta-feira, e com sorte ela recebia até o sábado. E então começava tudo outra vez.

Só para comparar como as coisas evoluem, já tive relacionamentos em que mandávamos cartas (e-mails) um para o outro pela manhã, à tarde e à noite. Cheguei a alcançar em outro uma média de 6 SMS por dia (de cada!). Mas aí já é exagero.

Olha só! Já escrevi alguma coisa, e mais e mais estão aparecendo.

Voltando a música, que foi o me trouxe aqui. Quem me conhece sabe que cabelo (ou a falta dele) não é meu problema, mas aí vai:

I Think I'm Going Bald

(Geddy Lee e Alex Lifeson)

I looked in the mirror today
My eyes just didn't seem so bright
I've lost a few more hairs
I think I'm going bald

I think I'm going bald

Seems like only yesterday
We would sit and talk of dreams all night
Dreams of youth
And simple truths
Now we're so involved
So involved with life

Walk down vanity fair
Memory lane everywhere
Wall Street shuffles there
Dressed in flowing hair

Once we loved the flowers
Now we ask the price of the land
Once we would take water
But now it must be wine
Now we've been
And now we've seen
What price peace of mind

Take a piece of my mind

My life is slipping away
I'm aging every day
But even when I'm grey
I'll still be grey my way

A todos o meu cordial boa tarde, boas festas, e tudo de bom!

sábado, 17 de abril de 2010

A Dona DiCA

Impressionante como as coisas acontecem quando menos se espera. Devagar tudo vai se acertando, não dizem que no fim tudo dá certo, e que se não deu é porque ainda não chegou ao fim? Ontem, vinte minutos depois que escrevi sobre a novela da minha vida acadêmica, recebi um e-mail da secretaria do departamento dizendo que “após algum tempo” conseguiram um retorno positivo da dona dica sobre a minha inscrição em algumas disciplinas. Agora minha situação mudou, fui inscrito em 7/8 das disciplinas previstas, menos mal. Mais uma tarefa para cumprir: fazer a barba, passar óleo de peroba na cara e conversar com os professores para acertar minha situação. Mas essa cumprirei com prazer. Para o alto, e avante! (estou começando a gostar dessa frase)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Força

Hoje também quero desejar força e dizer que meus pensamentos estão com duas pessoas: meu ex-sogro (se é que isso existe), Dom Claudio, que se recupera de um AVC, e Miguel, filho do Bena, um grande amigo (e grande para os lados também), que nasceu prematuro, ficou um tempo na UTI, passou para a semi-intensiva e vem melhorando dia após dia.

Parêntese - sabe aqueles caras que parecem que são grandes para poder caber o coração? Assim é o Bena.

Como diriam os cavaleiros Jedi, que a força esteja com vocês!

Metáforas, parábolas e et-cetera (coragem)

Depois de longo e tenebroso inverno, aqui estou eu de volta. Fiquei semanas ausente vocês nem sentiram a minha falta...

Essa coisa de associar o humor e o estado de espírito às estações do ano é uma metáfora perigosa... Aliás, lembrei de um livro que li há muito tempo, coisa de dezesseis ou dezessete anos, ‘A Insustentável Leveza do Ser’ de Milan Kundera, lá ele fala que não se deve brincar com as metáforas, e por um motivo interessante, segundo ele porque o amor pode nascer de uma simples metáfora.

De qualquer forma, estou eu aqui de volta depois de um longo e tenebroso inverno para contar mais das minhas peripécias. Parece - vejam bem, parece – que a novela da minha máquina de lavar chegou ao final. Mas não sem um pouco de melodrama nos últimos capítulos: ela voltou, mas para tanto precisei pagar o resgate, vou explicar, recebi um telefonema da assistência técnica marcando um horário para a devolução da máquina, segunda-feira após o almoço, fiquei super empolgado com a possibilidade de lavar minhas roupas e não ter que torcê-las na mão, pausa para os nossos comerciais...

Próximo capítulo, na segunda-feira antes do almoço recebo outra ligação dizendo que “para fechar o caixa” eu tinha que passar lá e efetuar o pagamento do conserto, eu tenho que confiar neles, mas eles não confiam que depois da entrega eu passaria para pagar, que beleza... Resgate pago, ela voltou! Voltou desbalanceada e barulhenta, mas voltou. Funcionou três vezes, e começou a vazar. Ligo para a assistência, marco para retirarem novamente na outra segunda-feira. Esperei, e adivinhem? Ninguém apareceu. Ligaram na terça para que eu esperasse até uma determinada hora em casa que viriam buscá-la. Como se a única coisa que eu tivesse para fazer fosse esperar por eles. Pelo menos dessa vez apareceram. Cenas do próximo capítulo.

Capítulo final. Dias depois... Ela voltou. O problema era outro e coisa e tal, mas o bondoso e gentil rapaz não cobrou nada. Continua barulhenta e desbalanceada, mas funcionando bem e sem vazar. Tudo bem que eu lembrei de quando tinha 10 anos e tinha que segurar a Lavínia da minha mãe para ela não sair andando pela área de serviço. Agora é torcer para que continue funcionando e não aconteça mais nada. Creio que eu mesmo terei que fazer o balanceamento, depois. E assim chega ao fim a nossa novela das oito (espero).

Repararam que não existe mais novela das oito? O Jornal Nacional acaba às nove...

Lavínia... Meu pai tem o dom de comprar coisas estranhas. Essa máquina de lavar era um aborto. Vibrava tanto que saía “andando” pela área de serviço, isso porque tem concreto nela pra dar peso! De tanto que minha mãe reclamou, ele comprou uma White-Westinghouse. Seis por meia dúzia... Quando for lembrando das incríveis aquisições do meu pai escrevo aqui, não tinha como crescer normal.

Agora a outra novela, minha vida acadêmica. Após semanas de espera fui informado pelo secretário do departamento que 5/8 das disciplinas foram negadas, isso mesmo 5/8 (62,5%), porque a dona dica (divisão de controle acadêmico) julgou que minhas alterações foram feitas fora do prazo. Como disse o Zagallo, “Aí sim, fomos surpreendidos novamente!”. Como quem pediu as alterações não fui eu pessoalmente, e sim a secretaria do departamento, quem errou nessa história? Mas deixa isso para lá, consegui que um professor me deixe fazer uma disciplina mesmo sem estar matriculado, e vamos seguindo em frente. Disciplina...

Lembra da aula de conjuntos na terceira série do primário? Foi do que eu me lembrei nas aulas dessa semana. Trabalhos em grupo... Em duas disciplinas o grupo é formado por mim, eu e eu mesmo (Me, Myself and Marcelo...), e nas outras é que é o problema. Uma eu não posso reclamar, faço com dois bichos, mas é difícil a comunicação, estou ficando velho... Na outra o professor me encaixou em um grupo com uma menina de outro curso, um cara que nunca aparece e outro que, segundo os colegas de turma dele, “você fala para ele fazer e ele não faz”, estou bem arrumado. Mas faz parte. Para o alto, e avante!

Música de hoje:

Por Quem Os Sinos Dobram - Raul Seixas

Nunca se vence uma guerra lutando sozinho
Cê sabe que a gente precisa entrar em contato
Com toda essa força contida e que vive guardada
O eco de suas palavras não repercutem em nada

É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado, é...
Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo

Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais

É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado
Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo

Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Oh céus, oh vida...

Hoje serei curto e grosso. Como dizia minha querida e finada avó: “Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia!”, mas vou lhes dar um, e de graça, nunca confie seu futuro a qualquer pessoa que não a você mesmo.

Minha avó foi uma pessoa fantástica. Espirituosa, inteligente, bondosa e, acima de tudo, honesta. E para toda ocasião tinha uma frase interessante, sempre puder citarei alguma, para lembrar aquela que me fez quem eu sou (mãe, se um dia ler isso não fique enciumada, afinal ela era a sua mãe). Sua benção minha avó!

Outra coisa sobre mim: sou egoísta. Meu mau humor é só meu, não é de mais ninguém. Ninguém é obrigado a me aturar quando estou assim, por isso chego até a evitar o contato com as outras pessoas, e acabo sempre sendo mal interpretado. Lembrei do Hardy Har Har, a hiena do desenho animado, que vivia resmungando "Oh céus, oh vida, oh azar...". "Isso não vai dar certo...". Bom, por hoje é só pessoal, espero amanhã estar com um humor melhor.

sábado, 20 de março de 2010

If I Can Dream

Tanta coisa para contar e tão pouco tempo, esses últimos dias foram assim, muita coisa acontecendo, muita coisa para ser feita e/ou precisando ser resolvida, mas agora parece que tudo finalmente está se acertando, assim espero.

Bom, quem me conhece sabe que eu adoro automobilismo (carrinhos...), e domingo passado começaram as temporadas de Fórmula 1 e Fórmula Indy, então vamos a elas: a fórmula 1 foi interessante, não tanto pela corrida, (que aliás foi bem enfadonha, se não fosse o problema no carro do Vettel, teria sido um verdadeiro cortejo...) mas pela volta do Sapateiro, pela “nacionalização” das equipes, com a Mercedes totalmente alemã, a McLaren totalmente inglesa, e a Ferrari totalmente latina. Além do espetacular Galvão Bueno, com suas frases de efeito, seus anúncios de aposentadoria (só que teremos que esperar até 2014) e suas besteiras ao vivo para o mundo todo.

A Indy, na minha humilde opinião, foi uma m... . Onde já se viu precisar lixar concreto na calada da noite para resolver o problema de falta de aderência dos carros na reta? Todo mundo sabia que ia dar caca. E tal qual a Globo com o Galvão, a Bandeirantes nos presenteou com a narração do Luciano do Valle, que deve ter problemas cognitivos sérios, pois conseguiu chamar o Ryan Briscoe de Brian Ryscoe e a Simona de Silvestro de Simone de Silvestre, entre outras coisas. Pelo menos a tarde do domingo não foi perdida, teve Santos x Palmeiras, que foi um belo jogo, ainda mais pelo resultado, que agradou a Deus e todo mundo. E teve também o Armeration...

Ainda sobre o domingo, choveu 97 mm naquela noite! Alagou tudo, inundou lojas no centro, um caos. 97 mm!!! Tem lugar que não chove isso num mês inteiro. Mas antes chuva do que seca, apagão e racionamento. Já basta o horário de verão.

Já que estou falando dessa aprazível cidade, que recebe a mim e a tantas outras pessoas tão bem, tenho uma reclamação a fazer, quando o assunto em questão é prestação de serviços estamos muito mal servidos. A maioria das pessoas sabe da minha epopéia com a máquina de lavar, ontem completou três semanas que a dita cuja foi para o conserto, como não tive notícias resolvi dar uma passada na assistência técnica (que dizem é a melhor da cidade), e qual não foi minha surpresa quando me falaram que ela nem sequer foi para a bancada porque o técnico ficou doente? Três semanas... Só comigo mesmo.

Essa semana de aula foi, no mínimo, interessante. Começando a semana, segunda-feira de manhã, aula no laboratório de informática, teria sido, se a chuva da noite não tivesse alagado a secretaria de informática. Na terça-feira precisei comprar um jaleco para a aula de química analítica experimental, e tirar Xerox de textos e mais textos. O ensino pode até ser gratuito, mas não é barato se manter na universidade pública. Mas o saldo da semana foi positivo, descobri que não estou tão enferrujado quanto pensava, mas vou levar mais tempo do que previa para me acertar com os horários.

Em tempo, ainda não estou inscrito em todas as disciplinas que preciso, em algumas sim, em outras não. Diz o secretário do departamento que nesta segunda-feira deve entrar tudo nos eixos. Tomara.

Outra coisa sobre mim (pelo menos que até ontem eu achava que era uma verdade sobre mim), não ganho nem bingo de quermesse. Sabe aqueles que têm como prêmio frango assado ou quarto de leitoa? Nunca ganhei nada. Ou melhor, até ontem não tinha ganho nada. Na quarta-feira, St. Patrick’s Day, fui ver o jogo do “curintia” num barzinho aqui perto, para resumir tinha um sorteio para quem comprava um cartela com 6 chopes, e não é que eu ganhei? Ontem ligaram do bar para avisar que minha cartela foi sorteada e ganhei um barril de 5 litros de chope Heineken, e uma mochila térmica feita para ele. Acho que vou ter que rever alguns conceitos em minha vida.

Essa semana estou com Elvis Presley na cabeça, muito bom, inclusive se existem duas vozes que acho fantásticas são Elvis e Frank Sinatra. Música de hoje, composição de Walter Earl Brown, e gravada originalmente no dia do meu aniversário (anos antes, é claro):

If I Can Dream

There must be lights burning brighter somewhere
Got to be birds flying higher in a sky more blue
If I can dream of a better land
Where all my brothers walk hand in hand
Tell me why, oh why, oh why can't my dream come true
Oh why...

There must be peace and understanding sometime
Strong winds of promise that will blow away
The doubt and fear
If I can dream of a warmer sun
Where hope keeps shining on everyone
Tell me why, oh why, oh why won't that sun appear

We're lost in a cloud
With too much rain
We're trapped in a world
That's troubled with pain
But as long as a man
Has the strength to dream
He can redeem his soul and fly

Deep in my heart there's a trembling question
Still I am sure that the answer, answer gonna come somehow
Out there in the dark, there's a beckoning candle...oh yeah
And while I can think, while I can talk
While I can stand, while I can walk
While I can dream, please let my dream
Come true, right now
Let it come true right now
Oh yeah

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher

Hoje é 8 de março de 2010, Dia Internacional da Mulher, mesmo achando que isso é estranho, por que sendo assim deveria haver o dia internacional do homem, do homossexual, do indeciso... Mesmo pensando assim tenho que me render a elas, que se soubessem o poder que têm nós homens estaríamos perdidos. Digo, escrevo e assino embaixo.

Lembrei agora de um disco de vinil que tocava direto na minha antiga república (Viva, do Camisa de Vênus) que, por ter sido gravado no dia 08/03, tinha a introdução de uma música que sempre me recordo nesse dia:

"Hoje é o Dia Internacional da Mulher! E nós queremos aproveitar a oportunidade, porque o Camisa de Vênus tem sido acusado de ser uma banda machista, mas não é nada disso, na verdade o Camisa de Vênus é a única banda heterossexual do planeta. E então a gente não podia deixar de dizer que nós adoramos as mulheres, sem vocês nós não viveríamos em hipótese alguma, inclusive eu acho que o mundo só vai consertar o dia que a mulher tomar o poder, bicho. Tem mais tato, tem mais sensibilidade, tem mais carinho... bom, agora que eu já enchi o ego de vocês, podem arriar as calçolinhas e vamos lá!"

Por isso, sexismos à parte, mulheres, parabéns pelo seu dia.

domingo, 7 de março de 2010

Coração de mãe

Vou começar hoje falando mais sobre mim: gosto muito de churrasco, e não só de comer carne assada, mas de todo o ritual. Gosto desde garoto, quando meu pai fazia aos domingos e devagarzinho iam chegando os amigos dele e de minha mãe, aliás, meus domingos de criança tinham fórmula 1 (o que não me impede de detestar o Galvão Bueno), churrasco, e futebol (o que não me fez virar um bom jogador, muito pelo contrário), tipicamente anos 80.

Galvão Bueno... Esse merece um parágrafo só para ele. O homem que não se contenta em fazer a parte dele e narrar, tem que comentar, e às vezes acha que sabe mais que o comentarista. Impressionante a capacidade que essa figura da televisão brasileira tem de falar besteira - quase 40 anos de fórmula 1 e não aprendeu até hoje, além de ser uma ave de mau agouro, tudo o que ele fala sobre os pilotos brasileiros acontece o contrário - e de criar expressões no mínimo curiosas, como a reta curva e a bola que ganha velocidade quando bate na grama molhada. Também tem a “promoção” da carreira do filho (que não precisa disso, justiça seja feita), chegando ao ponto de tornar uma das poucas categorias do automobilismo nacional algo insuportável de acompanhar. Mas tem o lado bom, ele já anunciou a sua aposentadoria, só que infelizmente isso só vai acontecer depois da copa de 2014... E o que mais me impressiona é que ele não fica gripado nunca! Vaso ruim não quebra mesmo.

Mas por que eu estou escrevendo isso? Passei esses últimos dias em profunda reflexão, por coisa que, de tanto que já aconteceu na minha vida, não devia me afetar.

Faz algum tempo que, por um motivo ou outro, não faço churrasco em minha casa, mas há alguns meses fazia até que com certa freqüência. Uma coisa engraçada sobre esses churrascos é que eu praticamente não convido ninguém, papel desempenhado pelos meus amigos (em geral pelas namoradas deles, afinal a rede de informações delas é melhor que a nossa), e minha pequena casa é como um coração de mãe, sempre cabe mais um. Quem chega acaba ficando, no próximo convida mais alguém, e assim sucessivamente.

Nessa corrente de amigos, sempre recebi da melhor forma possível, os que já chegaram e os que estão chegando, mas sempre existe aquele que, como lobo em pele de cordeiro, vem à sua casa, aproveita da sua hospitalidade, e, na primeira oportunidade, sai falando mal de você. Numa ocasião bem recente, que não vem ao caso no momento, fui chamado por um desses falsos amigos, entre outras coisas, de escroto. Mas não qualquer escroto, “um escroto como ele”, o que me fez pensar que eu devo ser a pessoa mais desprezível do mundo, ou então que virei definição para uma nova categoria de escroto. Mas como disse antes, esse tipo de coisa já não devia mais me afetar, e não vai. Coração de mãe é como circo, sempre cabe mais um palhaço.

Só para constar, ainda existe salvação para esse novo mundo de universitários em que reingressei, quarta à noite fui prestigiar o palquinho (esqueci de falar que esses encontros de estudantes ao som de uma banda, e de graça, aqui se chamam palquinho, devido ao fato de que um dia o palco já foi liberado para novas bandas se apresentarem) da “outra universidade” e ouvi um pouco do bom e velho rock’n’roll. Valeu Fabinho! Na quinta foi a vez da minha universidade, Antarctica Sub Zero por R$2,00 a lata é de doer, mas valeu pelo som.

A música de hoje? Lembram do “Uns e outros”? Então...

“A pena implacável”

Me perdoe

Eu não queria ser assim

Me perdoe

Eu não queria ferir seus ouvidos.

Escuta agora esta canção que eu fiz,

pra te levar ao suicídio.

Escuta agora esta canção que eu fiz,

pra te levar ao suicídio.

Eu já nem sei quantos dias e noites

você passou em claro

me perseguindo com sua pena implacável.

Mas, pense bem, quanto trabalho e tempo desperdiçados.

Ano que vem volto e faço tudo ao contrário.

...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Calourada

Hoje é quarta-feira, peço desculpas pela minha ausência e pelo meu atraso, mas o que vale é que estou aqui contando mais episódios da minha vida: manhã de segunda-feira chuvosa e lá vou eu à universidade para ver em que pé ficou minha vida estudantil, e adivinha? Só na semana que vem, culpa da burocracia e do sistema (ou seria da burocracia do sistema?). Encontrei um professor do meu tempo, e descobri que nem bem o semestre começou e o secretário já sabe que sou “um caso à parte”, a coisa vai ser interessante... Resumindo, mais uma semana de espera, e de expectativa.

Todos sabem que a primeira semana é apenas de calourada, uma espécie de recepção aos “bixos” (um sinônimo para calouro), então não temos aula e sim trotes e todo tipo de festas e confraternizações entre veteranos e calouros, o que inclui pedágios para arrecadação de fundos para a cervejada ou para o churrasco. Como me enquadro nas duas categorias, calouro e veterano, ou em nenhuma delas, e também não sou mais tão novinho assim, resolvi que não iria participar desses “rituais profanos” – expressão interessante, me veio à cabeça numa conversa de balcão – e deixaria a divisão de controle acadêmico decidir o que for melhor para mim, depois entramos com o ajuste fino na sintonia.

Não iria... Como a carne é fraca resolvi dar uma passada numa dessas confraternizações. Lembrei agora de Conan, O Bárbaro, do inigualável ex-mister universo, e hoje governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, e seu enigma do aço. Impressionante como as coisas são diferentes hoje em dia. Quando cheguei estava se apresentando um grupo de meninas que tocava um sambinha bem interessante, mas como era eu, acabou rapidinho e logo em seguida entrou um DJ com uma incrível parafernália eletrônica que fazia mais barulho do que tocava música. Voltei para casa com saudade do tempo em que 3 ou 4 indivíduos que tocavam/batucavam/cantavam mal se juntavam para fazer um som (chegaram até a criar um grupo que se chamava “Paralelos do Ritmo”, imagina que beleza) e estava todo mundo contente.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

The Fixer

Já disse que associo tudo a alguma música, e no momento a que resume o meu estado de espírito é de uma banda que eu curto desde a minha adolescência, e que fala coisas do tipo “se algo está quebrado, eu quero consertar”. É assim que eu me sinto no momento, alguém que busca consertar as pequenas (e as grandes também) coisas em sua vida, e às vezes até na dos outros. Para vocês, Pearl Jam:

The Fixer

Yeah, hey, hey

When somethings dark, let me shed a little light on it

When somethings cold, let me put a little fire on it

If somethings old, I wanna put a bit of shine on it

When somethings gone, I wanna fight to get it back again

yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again

yeah, yeah, yeah, yeah, yeah

When somethings broke, I wanna put a bit of fixin on it

When somethings bored, I wanna put a little exciting on it

If somethings low, I wanna put a little high on it

When somethings lost, I wanna fight to get it back again

yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again

yeah, yeah, yeah, yeah, yeah

When signals cross, I wanna put a little straight on it

If there’s no love, I wanna try to love again

I'll say your prayers, I'll take your side

I'll find us a way to make light

I'll dig your grave, we'll dance and sing

What's saved could be one last lifetime

hey, hey, hey

yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again

yeah, yeah, yeah, yeah

fight to get it back again, yeah, yeah, yeah

fight to get it back again, yeah, yeah, yeah

yeah, yeah, yeah, yeah, yeah

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Disciplina

Está sacramentado, fiz matrícula e sou novamente aluno de engenharia!

Ah, descobri como fizeram com as notas do Enem! O Inep resolveu este ano utilizar a tal TRI – Teoria da Resposta ao Item – na avaliação do desempenho dos candidatos, e por isso as notas do Enem vieram em valores de 0 a 1000, que não tinham relação direta com a porcentagem de acerto na prova. O que isto tem a ver com meu resultado no vestibular? Simples, a universidade resolveu adotar na sua avaliação o número de acertos, e não a nota divulgada pelo Inep, ou seja, para cada prova foi feito o seguinte cálculo, se você acertou x das 45 questões sua nota é 100x/45, simples assim.

Agora vem a parte mais legal: a nota da redação... Bom, como eu já havia dito, adotaram meio a meio para as notas da redação e da prova 1 para compor a nota da prova de linguagens, mas como isso foi feito é o mais interessante. A prova 1, como todas as demais, teve 45 questões, então a redação valeu o equivalente a 22,5 questões da prova, vai vendo... A nota da prova de linguagens passou a ser sua nota calculada pela fórmula anterior, divida por 2 e somada com a nota da redação, e esta foi calculada multiplicando-se a nota na redação do Enem por 2,25 (pura e simples regra de três). Depois de todo esse milagre matemático as notas ainda foram multiplicadas pelos respectivos pesos de acordo com o curso, somadas e o resultado divido por 2, pois a primeira fase (Enem), valia 50% da nota final.

Cansei de fazer conta, o importante foi o meu nome na lista! Agora falta saber o que vão me dar de equivalência e quais matérias ainda preciso fazer (como para mim tudo dá mais trabalho, a grade mudou), e terminar meu curso. Aliás, com relação a isso tenho duas histórias interessantes para contar.

Outra coisa sobre mim: adoro um boteco, mais que isso, adoro balcão de boteco.

Praticamente na esquina de casa tem um bar muito movimentado, freqüentado por pessoas com as mais diferentes ocupações: estudantes, professores, empresários, profissionais liberais, simplesmente de tudo um pouco. E em boteco acontece de tudo, ainda mais comigo...

Uma das coisas mais engraçadas que me aconteceram por lá foi conseguir um orientador antes mesmo do vestibular, coisas de mesa de bar. Comentando sobre ter que prestar vestibular, e também o Enem, para voltar para a universidade (e sendo cobrado por ainda não ter feito), que precisaria de um orientador e tal, ouvi a frase mágica: “Se você passar eu te oriento!”. Era tudo que eu precisava ouvir. Minha parte até aqui está feita, resta ao meu amigo professor doutor fazer a dele.

A outra história. Como tudo o que é bom dura pouco, depois de alguns parabéns pelo resultado do vestibular começaram as brincadeiras e cobranças. Cada um com a sua frase de efeito. Coisas do tipo “Agora vai?”, ou “Dessa vez vai terminar?”. Uma das mais interessantes veio de um amigo padeiro, que virou para mim e disse: “Sabe do que você precisa? Disciplina.”. O engraçado disso é justamente resumir toda uma situação em uma só palavra. Disciplina. Tudo o que eu preciso resumido em 10 letras...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Não saco nada de física...

Como eu disse antes, parece que tudo para mim é mais difícil, ou melhor, como para todo bom corintiano, é mais sofrido. Resultado do vestibular. Está escrito no manual do candidato: 18/02/2010, às 12:00. De 12 passou para 16, e, não contentes com a tortura aos pobres vestibulandos, anunciaram no site que o resultado sairia apenas às 22... Fazer o quê? Nada além de esperar e torcer. Parecia até final de campeonato por pontos corridos...

Creio que a causa do atraso tenha sido o Enem, pois o manual diz que seria utilizado como primeira fase e seriam atribuídos pesos às 4 provas (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza) de acordo com o curso escolhido, até aí tudo bem, só que o Inep resolveu divulgar os resultados em 5 notas separadas! Além das 4 já citadas veio separada a nota da redação. Como fazer 5 notas virarem 4? Eis a questão...

Conversando com um amigo, fonte fidedigna de informações, soube que nem mesmo a organização do vestibular sabia o que fazer com a nota de redação do Enem. Na dúvida, joga ás. Resolveram que o melhor seria 50% para cada nota, nem para sul, nem para norte, metade da nota da prova 1 para a prova de linguagens propriamente dita e metade para a redação. Depois de toda essa matemática com a nota de português (irônico, não?) o resultado saiu, às 21, com 9 horas de atraso. E lá estava meu nome!

Confesso que foi meio difícil de entender as contas que fizeram, mas o importante é meu nome na lista. Não quero nem saber se o pato é macho, eu quero é o ovo! Ou como diria um grande amigo: “eu quero é rosetar!”. Agora é começar uma nova fase na minha vida. E fazer como o super-homem, para o alto e avante!

“Ter carro do ano, TV a cores, pagar imposto, ter pistolão

Ter filho na escola, férias na Europa, conta bancária, comprar feijão

Ser responsável, cristão convicto, cidadão modelo, burguês padrão

Você tem que passar no vestibular.”

Vou cortar o cabelo...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Atrasado...

Dizem que no Brasil o ano só começa para valer depois do carnaval, bom, não é de todo mentira, tanto que, apesar de ter decidido começar o meu um pouco antes, aqui estou iniciando uma nova etapa da minha vida após o carnaval. Começar talvez não seja a palavra certa, mas sim re-começar, retomar de onde parei, buscar outros objetivos, outros rumos, sei lá...

Meu ano começou estranho, de molho me recuperando de uma cirurgia. Televisão, lasanha congelada, sopão e sorvete. Assisti tanta televisão que se o Polishop precisasse de um vendedor para o Juicer Kitchen Revolution ou para a Multi Hidro Lavadora Kärcher eu seria a pessoa mais indicada.

Resolvi no final do ano passado que faria tudo que sempre quis e, por um motivo ou outro, deixava para lá: aprender a tocar violão, fazer uma arte marcial, saltar de pára-quedas e “otras cositas más”.

Sou faixa preta, toco guitarra, um dia vou pular de asa.

Uma coisa sobre mim, sempre associo o que estou vivendo, ou simplesmente pensando, a alguma música, seja ela de que ritmo for, de que época for, tenha eu vivido ou não.

Coincidentemente, o convite para o salto foi feito num boteco por um amigo, vendo o jogo do Corinthians e tomando um choppinho. A arte marcial também, boteco diferente, bebida diferente. Já o violão... Preciso de um pouco mais de empolgação, aí quem sabe eu tomo vergonha e compro um.

Resolvi também cuidar um pouco de mim, cuidar da saúde: colesterol, triglicérides, ácido úrico e todos aqueles números que vêm escritos no resultado do exame de sangue; ir ao oftalmologista - tive que retirar umas coisinhas dos olhos que depois descobri serem hidroadenomas apócrinos (bonito nome não?) e terei que retocar minha cirurgia de correção a laser, feita há 7 anos. E por aí vai. Como disse um amigo meu, estou fazendo a revisão dos 35 mil km...

Tenho miopia, sou hipotenso, meu pé tá sempre dormente.

Aliás, os hidroadenomas apócrinos renderam uma história engraçada. Fui à oficina de um amigo (o mesmo da revisão dos 35 mil) e seu funcionário ao me ver sem as “protuberâncias” nos olhos perguntou se eu tinha retirado as “birrugas”, respondi que sim, e que eram hidroadenomas apócrinos, no que ele olha para mim e diz: “Ah, tá. Birruga.” e volta ao que estava fazendo. Nem para chamar de verruga! Ninguém me leva a sério mesmo...

Dez anos atrás tomei uma decisão que talvez tenha sido uma das mais idiotas da minha vida: larguei o curso de engenharia, por motivos que na época me pareceram certos, só que hoje vejo que nem tudo é preto ou branco, existe todo um leque de cinza... E como tudo nessa vida um dia volta ao ponto onde parou, tive que voltar para consertar meu erro, terminar meu curso.

Pelo menos estou tentando. Mas parece que para mim as coisas sempre são mais difíceis. A Universidade resolveu mudar as regras do vestibular, utilizar o Enem como primeira fase (a prova foi roubada, adiada e em seu lugar aplicada outra bem mais difícil) e uma prova inteira discursiva como segunda fase, coisa linda...

Depois da maratona de provas (devido ao episódio do Enem, as duas fases foram em finais de semana consecutivos), me vejo como um adolescente espinhento esperando pelo resultado do vestibular, algo que pode mudar minha vida. E adivinha quando sai o resultado? Quinta-feira depois do carnaval...

Outra coisa que também só começa depois do carnaval, regime. Sabe aquelas resoluções de fim de ano? Esse ano farei isso e aquilo, ou não farei aquilo e aquilo-outro? Pois é, só depois do carnaval... Vamos ver se consigo, pelo menos, me alimentar melhor, afinal de que adianta fazer revisão no motor do carro e continuar abastecendo com combustível ruim?

Não há mais festa, nem carnaval.

Acho que eu fui enganado.

Me diga as horas, eu vou embora

Hoje eu tô atrasado.”

O carnaval acabou, o ano está começando, finalmente.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Saudações

Sabe aquele dito da sabedoria popular de que todo homem tem que plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho? Árvores eu já plantei algumas. Filho já é outra história, para outro momento. E, como escrever um livro requer um pouco mais de trabalho, tempo e dedicação, quase como ter um filho, resolvi escrever um blog. O Blog do Moleiro.

Espero ter força e paciência para contar as coisas que me acontecem no dia a dia, que me tiram do sério ou que me fazem rir, as besteiras que me passam pela cabeça e que não são poucas, e aos poucos mostrar quem sou, para aqueles que souberem ler e entender, claro.

Muito prazer, Marcelo Moleiro.