quarta-feira, 24 de março de 2010

Oh céus, oh vida...

Hoje serei curto e grosso. Como dizia minha querida e finada avó: “Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia!”, mas vou lhes dar um, e de graça, nunca confie seu futuro a qualquer pessoa que não a você mesmo.

Minha avó foi uma pessoa fantástica. Espirituosa, inteligente, bondosa e, acima de tudo, honesta. E para toda ocasião tinha uma frase interessante, sempre puder citarei alguma, para lembrar aquela que me fez quem eu sou (mãe, se um dia ler isso não fique enciumada, afinal ela era a sua mãe). Sua benção minha avó!

Outra coisa sobre mim: sou egoísta. Meu mau humor é só meu, não é de mais ninguém. Ninguém é obrigado a me aturar quando estou assim, por isso chego até a evitar o contato com as outras pessoas, e acabo sempre sendo mal interpretado. Lembrei do Hardy Har Har, a hiena do desenho animado, que vivia resmungando "Oh céus, oh vida, oh azar...". "Isso não vai dar certo...". Bom, por hoje é só pessoal, espero amanhã estar com um humor melhor.

sábado, 20 de março de 2010

If I Can Dream

Tanta coisa para contar e tão pouco tempo, esses últimos dias foram assim, muita coisa acontecendo, muita coisa para ser feita e/ou precisando ser resolvida, mas agora parece que tudo finalmente está se acertando, assim espero.

Bom, quem me conhece sabe que eu adoro automobilismo (carrinhos...), e domingo passado começaram as temporadas de Fórmula 1 e Fórmula Indy, então vamos a elas: a fórmula 1 foi interessante, não tanto pela corrida, (que aliás foi bem enfadonha, se não fosse o problema no carro do Vettel, teria sido um verdadeiro cortejo...) mas pela volta do Sapateiro, pela “nacionalização” das equipes, com a Mercedes totalmente alemã, a McLaren totalmente inglesa, e a Ferrari totalmente latina. Além do espetacular Galvão Bueno, com suas frases de efeito, seus anúncios de aposentadoria (só que teremos que esperar até 2014) e suas besteiras ao vivo para o mundo todo.

A Indy, na minha humilde opinião, foi uma m... . Onde já se viu precisar lixar concreto na calada da noite para resolver o problema de falta de aderência dos carros na reta? Todo mundo sabia que ia dar caca. E tal qual a Globo com o Galvão, a Bandeirantes nos presenteou com a narração do Luciano do Valle, que deve ter problemas cognitivos sérios, pois conseguiu chamar o Ryan Briscoe de Brian Ryscoe e a Simona de Silvestro de Simone de Silvestre, entre outras coisas. Pelo menos a tarde do domingo não foi perdida, teve Santos x Palmeiras, que foi um belo jogo, ainda mais pelo resultado, que agradou a Deus e todo mundo. E teve também o Armeration...

Ainda sobre o domingo, choveu 97 mm naquela noite! Alagou tudo, inundou lojas no centro, um caos. 97 mm!!! Tem lugar que não chove isso num mês inteiro. Mas antes chuva do que seca, apagão e racionamento. Já basta o horário de verão.

Já que estou falando dessa aprazível cidade, que recebe a mim e a tantas outras pessoas tão bem, tenho uma reclamação a fazer, quando o assunto em questão é prestação de serviços estamos muito mal servidos. A maioria das pessoas sabe da minha epopéia com a máquina de lavar, ontem completou três semanas que a dita cuja foi para o conserto, como não tive notícias resolvi dar uma passada na assistência técnica (que dizem é a melhor da cidade), e qual não foi minha surpresa quando me falaram que ela nem sequer foi para a bancada porque o técnico ficou doente? Três semanas... Só comigo mesmo.

Essa semana de aula foi, no mínimo, interessante. Começando a semana, segunda-feira de manhã, aula no laboratório de informática, teria sido, se a chuva da noite não tivesse alagado a secretaria de informática. Na terça-feira precisei comprar um jaleco para a aula de química analítica experimental, e tirar Xerox de textos e mais textos. O ensino pode até ser gratuito, mas não é barato se manter na universidade pública. Mas o saldo da semana foi positivo, descobri que não estou tão enferrujado quanto pensava, mas vou levar mais tempo do que previa para me acertar com os horários.

Em tempo, ainda não estou inscrito em todas as disciplinas que preciso, em algumas sim, em outras não. Diz o secretário do departamento que nesta segunda-feira deve entrar tudo nos eixos. Tomara.

Outra coisa sobre mim (pelo menos que até ontem eu achava que era uma verdade sobre mim), não ganho nem bingo de quermesse. Sabe aqueles que têm como prêmio frango assado ou quarto de leitoa? Nunca ganhei nada. Ou melhor, até ontem não tinha ganho nada. Na quarta-feira, St. Patrick’s Day, fui ver o jogo do “curintia” num barzinho aqui perto, para resumir tinha um sorteio para quem comprava um cartela com 6 chopes, e não é que eu ganhei? Ontem ligaram do bar para avisar que minha cartela foi sorteada e ganhei um barril de 5 litros de chope Heineken, e uma mochila térmica feita para ele. Acho que vou ter que rever alguns conceitos em minha vida.

Essa semana estou com Elvis Presley na cabeça, muito bom, inclusive se existem duas vozes que acho fantásticas são Elvis e Frank Sinatra. Música de hoje, composição de Walter Earl Brown, e gravada originalmente no dia do meu aniversário (anos antes, é claro):

If I Can Dream

There must be lights burning brighter somewhere
Got to be birds flying higher in a sky more blue
If I can dream of a better land
Where all my brothers walk hand in hand
Tell me why, oh why, oh why can't my dream come true
Oh why...

There must be peace and understanding sometime
Strong winds of promise that will blow away
The doubt and fear
If I can dream of a warmer sun
Where hope keeps shining on everyone
Tell me why, oh why, oh why won't that sun appear

We're lost in a cloud
With too much rain
We're trapped in a world
That's troubled with pain
But as long as a man
Has the strength to dream
He can redeem his soul and fly

Deep in my heart there's a trembling question
Still I am sure that the answer, answer gonna come somehow
Out there in the dark, there's a beckoning candle...oh yeah
And while I can think, while I can talk
While I can stand, while I can walk
While I can dream, please let my dream
Come true, right now
Let it come true right now
Oh yeah

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher

Hoje é 8 de março de 2010, Dia Internacional da Mulher, mesmo achando que isso é estranho, por que sendo assim deveria haver o dia internacional do homem, do homossexual, do indeciso... Mesmo pensando assim tenho que me render a elas, que se soubessem o poder que têm nós homens estaríamos perdidos. Digo, escrevo e assino embaixo.

Lembrei agora de um disco de vinil que tocava direto na minha antiga república (Viva, do Camisa de Vênus) que, por ter sido gravado no dia 08/03, tinha a introdução de uma música que sempre me recordo nesse dia:

"Hoje é o Dia Internacional da Mulher! E nós queremos aproveitar a oportunidade, porque o Camisa de Vênus tem sido acusado de ser uma banda machista, mas não é nada disso, na verdade o Camisa de Vênus é a única banda heterossexual do planeta. E então a gente não podia deixar de dizer que nós adoramos as mulheres, sem vocês nós não viveríamos em hipótese alguma, inclusive eu acho que o mundo só vai consertar o dia que a mulher tomar o poder, bicho. Tem mais tato, tem mais sensibilidade, tem mais carinho... bom, agora que eu já enchi o ego de vocês, podem arriar as calçolinhas e vamos lá!"

Por isso, sexismos à parte, mulheres, parabéns pelo seu dia.

domingo, 7 de março de 2010

Coração de mãe

Vou começar hoje falando mais sobre mim: gosto muito de churrasco, e não só de comer carne assada, mas de todo o ritual. Gosto desde garoto, quando meu pai fazia aos domingos e devagarzinho iam chegando os amigos dele e de minha mãe, aliás, meus domingos de criança tinham fórmula 1 (o que não me impede de detestar o Galvão Bueno), churrasco, e futebol (o que não me fez virar um bom jogador, muito pelo contrário), tipicamente anos 80.

Galvão Bueno... Esse merece um parágrafo só para ele. O homem que não se contenta em fazer a parte dele e narrar, tem que comentar, e às vezes acha que sabe mais que o comentarista. Impressionante a capacidade que essa figura da televisão brasileira tem de falar besteira - quase 40 anos de fórmula 1 e não aprendeu até hoje, além de ser uma ave de mau agouro, tudo o que ele fala sobre os pilotos brasileiros acontece o contrário - e de criar expressões no mínimo curiosas, como a reta curva e a bola que ganha velocidade quando bate na grama molhada. Também tem a “promoção” da carreira do filho (que não precisa disso, justiça seja feita), chegando ao ponto de tornar uma das poucas categorias do automobilismo nacional algo insuportável de acompanhar. Mas tem o lado bom, ele já anunciou a sua aposentadoria, só que infelizmente isso só vai acontecer depois da copa de 2014... E o que mais me impressiona é que ele não fica gripado nunca! Vaso ruim não quebra mesmo.

Mas por que eu estou escrevendo isso? Passei esses últimos dias em profunda reflexão, por coisa que, de tanto que já aconteceu na minha vida, não devia me afetar.

Faz algum tempo que, por um motivo ou outro, não faço churrasco em minha casa, mas há alguns meses fazia até que com certa freqüência. Uma coisa engraçada sobre esses churrascos é que eu praticamente não convido ninguém, papel desempenhado pelos meus amigos (em geral pelas namoradas deles, afinal a rede de informações delas é melhor que a nossa), e minha pequena casa é como um coração de mãe, sempre cabe mais um. Quem chega acaba ficando, no próximo convida mais alguém, e assim sucessivamente.

Nessa corrente de amigos, sempre recebi da melhor forma possível, os que já chegaram e os que estão chegando, mas sempre existe aquele que, como lobo em pele de cordeiro, vem à sua casa, aproveita da sua hospitalidade, e, na primeira oportunidade, sai falando mal de você. Numa ocasião bem recente, que não vem ao caso no momento, fui chamado por um desses falsos amigos, entre outras coisas, de escroto. Mas não qualquer escroto, “um escroto como ele”, o que me fez pensar que eu devo ser a pessoa mais desprezível do mundo, ou então que virei definição para uma nova categoria de escroto. Mas como disse antes, esse tipo de coisa já não devia mais me afetar, e não vai. Coração de mãe é como circo, sempre cabe mais um palhaço.

Só para constar, ainda existe salvação para esse novo mundo de universitários em que reingressei, quarta à noite fui prestigiar o palquinho (esqueci de falar que esses encontros de estudantes ao som de uma banda, e de graça, aqui se chamam palquinho, devido ao fato de que um dia o palco já foi liberado para novas bandas se apresentarem) da “outra universidade” e ouvi um pouco do bom e velho rock’n’roll. Valeu Fabinho! Na quinta foi a vez da minha universidade, Antarctica Sub Zero por R$2,00 a lata é de doer, mas valeu pelo som.

A música de hoje? Lembram do “Uns e outros”? Então...

“A pena implacável”

Me perdoe

Eu não queria ser assim

Me perdoe

Eu não queria ferir seus ouvidos.

Escuta agora esta canção que eu fiz,

pra te levar ao suicídio.

Escuta agora esta canção que eu fiz,

pra te levar ao suicídio.

Eu já nem sei quantos dias e noites

você passou em claro

me perseguindo com sua pena implacável.

Mas, pense bem, quanto trabalho e tempo desperdiçados.

Ano que vem volto e faço tudo ao contrário.

...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Calourada

Hoje é quarta-feira, peço desculpas pela minha ausência e pelo meu atraso, mas o que vale é que estou aqui contando mais episódios da minha vida: manhã de segunda-feira chuvosa e lá vou eu à universidade para ver em que pé ficou minha vida estudantil, e adivinha? Só na semana que vem, culpa da burocracia e do sistema (ou seria da burocracia do sistema?). Encontrei um professor do meu tempo, e descobri que nem bem o semestre começou e o secretário já sabe que sou “um caso à parte”, a coisa vai ser interessante... Resumindo, mais uma semana de espera, e de expectativa.

Todos sabem que a primeira semana é apenas de calourada, uma espécie de recepção aos “bixos” (um sinônimo para calouro), então não temos aula e sim trotes e todo tipo de festas e confraternizações entre veteranos e calouros, o que inclui pedágios para arrecadação de fundos para a cervejada ou para o churrasco. Como me enquadro nas duas categorias, calouro e veterano, ou em nenhuma delas, e também não sou mais tão novinho assim, resolvi que não iria participar desses “rituais profanos” – expressão interessante, me veio à cabeça numa conversa de balcão – e deixaria a divisão de controle acadêmico decidir o que for melhor para mim, depois entramos com o ajuste fino na sintonia.

Não iria... Como a carne é fraca resolvi dar uma passada numa dessas confraternizações. Lembrei agora de Conan, O Bárbaro, do inigualável ex-mister universo, e hoje governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, e seu enigma do aço. Impressionante como as coisas são diferentes hoje em dia. Quando cheguei estava se apresentando um grupo de meninas que tocava um sambinha bem interessante, mas como era eu, acabou rapidinho e logo em seguida entrou um DJ com uma incrível parafernália eletrônica que fazia mais barulho do que tocava música. Voltei para casa com saudade do tempo em que 3 ou 4 indivíduos que tocavam/batucavam/cantavam mal se juntavam para fazer um som (chegaram até a criar um grupo que se chamava “Paralelos do Ritmo”, imagina que beleza) e estava todo mundo contente.