quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

The Fixer

Já disse que associo tudo a alguma música, e no momento a que resume o meu estado de espírito é de uma banda que eu curto desde a minha adolescência, e que fala coisas do tipo “se algo está quebrado, eu quero consertar”. É assim que eu me sinto no momento, alguém que busca consertar as pequenas (e as grandes também) coisas em sua vida, e às vezes até na dos outros. Para vocês, Pearl Jam:

The Fixer

Yeah, hey, hey

When somethings dark, let me shed a little light on it

When somethings cold, let me put a little fire on it

If somethings old, I wanna put a bit of shine on it

When somethings gone, I wanna fight to get it back again

yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again

yeah, yeah, yeah, yeah, yeah

When somethings broke, I wanna put a bit of fixin on it

When somethings bored, I wanna put a little exciting on it

If somethings low, I wanna put a little high on it

When somethings lost, I wanna fight to get it back again

yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again

yeah, yeah, yeah, yeah, yeah

When signals cross, I wanna put a little straight on it

If there’s no love, I wanna try to love again

I'll say your prayers, I'll take your side

I'll find us a way to make light

I'll dig your grave, we'll dance and sing

What's saved could be one last lifetime

hey, hey, hey

yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again

yeah, yeah, yeah, yeah

fight to get it back again, yeah, yeah, yeah

fight to get it back again, yeah, yeah, yeah

yeah, yeah, yeah, yeah, yeah

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Disciplina

Está sacramentado, fiz matrícula e sou novamente aluno de engenharia!

Ah, descobri como fizeram com as notas do Enem! O Inep resolveu este ano utilizar a tal TRI – Teoria da Resposta ao Item – na avaliação do desempenho dos candidatos, e por isso as notas do Enem vieram em valores de 0 a 1000, que não tinham relação direta com a porcentagem de acerto na prova. O que isto tem a ver com meu resultado no vestibular? Simples, a universidade resolveu adotar na sua avaliação o número de acertos, e não a nota divulgada pelo Inep, ou seja, para cada prova foi feito o seguinte cálculo, se você acertou x das 45 questões sua nota é 100x/45, simples assim.

Agora vem a parte mais legal: a nota da redação... Bom, como eu já havia dito, adotaram meio a meio para as notas da redação e da prova 1 para compor a nota da prova de linguagens, mas como isso foi feito é o mais interessante. A prova 1, como todas as demais, teve 45 questões, então a redação valeu o equivalente a 22,5 questões da prova, vai vendo... A nota da prova de linguagens passou a ser sua nota calculada pela fórmula anterior, divida por 2 e somada com a nota da redação, e esta foi calculada multiplicando-se a nota na redação do Enem por 2,25 (pura e simples regra de três). Depois de todo esse milagre matemático as notas ainda foram multiplicadas pelos respectivos pesos de acordo com o curso, somadas e o resultado divido por 2, pois a primeira fase (Enem), valia 50% da nota final.

Cansei de fazer conta, o importante foi o meu nome na lista! Agora falta saber o que vão me dar de equivalência e quais matérias ainda preciso fazer (como para mim tudo dá mais trabalho, a grade mudou), e terminar meu curso. Aliás, com relação a isso tenho duas histórias interessantes para contar.

Outra coisa sobre mim: adoro um boteco, mais que isso, adoro balcão de boteco.

Praticamente na esquina de casa tem um bar muito movimentado, freqüentado por pessoas com as mais diferentes ocupações: estudantes, professores, empresários, profissionais liberais, simplesmente de tudo um pouco. E em boteco acontece de tudo, ainda mais comigo...

Uma das coisas mais engraçadas que me aconteceram por lá foi conseguir um orientador antes mesmo do vestibular, coisas de mesa de bar. Comentando sobre ter que prestar vestibular, e também o Enem, para voltar para a universidade (e sendo cobrado por ainda não ter feito), que precisaria de um orientador e tal, ouvi a frase mágica: “Se você passar eu te oriento!”. Era tudo que eu precisava ouvir. Minha parte até aqui está feita, resta ao meu amigo professor doutor fazer a dele.

A outra história. Como tudo o que é bom dura pouco, depois de alguns parabéns pelo resultado do vestibular começaram as brincadeiras e cobranças. Cada um com a sua frase de efeito. Coisas do tipo “Agora vai?”, ou “Dessa vez vai terminar?”. Uma das mais interessantes veio de um amigo padeiro, que virou para mim e disse: “Sabe do que você precisa? Disciplina.”. O engraçado disso é justamente resumir toda uma situação em uma só palavra. Disciplina. Tudo o que eu preciso resumido em 10 letras...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Não saco nada de física...

Como eu disse antes, parece que tudo para mim é mais difícil, ou melhor, como para todo bom corintiano, é mais sofrido. Resultado do vestibular. Está escrito no manual do candidato: 18/02/2010, às 12:00. De 12 passou para 16, e, não contentes com a tortura aos pobres vestibulandos, anunciaram no site que o resultado sairia apenas às 22... Fazer o quê? Nada além de esperar e torcer. Parecia até final de campeonato por pontos corridos...

Creio que a causa do atraso tenha sido o Enem, pois o manual diz que seria utilizado como primeira fase e seriam atribuídos pesos às 4 provas (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza) de acordo com o curso escolhido, até aí tudo bem, só que o Inep resolveu divulgar os resultados em 5 notas separadas! Além das 4 já citadas veio separada a nota da redação. Como fazer 5 notas virarem 4? Eis a questão...

Conversando com um amigo, fonte fidedigna de informações, soube que nem mesmo a organização do vestibular sabia o que fazer com a nota de redação do Enem. Na dúvida, joga ás. Resolveram que o melhor seria 50% para cada nota, nem para sul, nem para norte, metade da nota da prova 1 para a prova de linguagens propriamente dita e metade para a redação. Depois de toda essa matemática com a nota de português (irônico, não?) o resultado saiu, às 21, com 9 horas de atraso. E lá estava meu nome!

Confesso que foi meio difícil de entender as contas que fizeram, mas o importante é meu nome na lista. Não quero nem saber se o pato é macho, eu quero é o ovo! Ou como diria um grande amigo: “eu quero é rosetar!”. Agora é começar uma nova fase na minha vida. E fazer como o super-homem, para o alto e avante!

“Ter carro do ano, TV a cores, pagar imposto, ter pistolão

Ter filho na escola, férias na Europa, conta bancária, comprar feijão

Ser responsável, cristão convicto, cidadão modelo, burguês padrão

Você tem que passar no vestibular.”

Vou cortar o cabelo...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Atrasado...

Dizem que no Brasil o ano só começa para valer depois do carnaval, bom, não é de todo mentira, tanto que, apesar de ter decidido começar o meu um pouco antes, aqui estou iniciando uma nova etapa da minha vida após o carnaval. Começar talvez não seja a palavra certa, mas sim re-começar, retomar de onde parei, buscar outros objetivos, outros rumos, sei lá...

Meu ano começou estranho, de molho me recuperando de uma cirurgia. Televisão, lasanha congelada, sopão e sorvete. Assisti tanta televisão que se o Polishop precisasse de um vendedor para o Juicer Kitchen Revolution ou para a Multi Hidro Lavadora Kärcher eu seria a pessoa mais indicada.

Resolvi no final do ano passado que faria tudo que sempre quis e, por um motivo ou outro, deixava para lá: aprender a tocar violão, fazer uma arte marcial, saltar de pára-quedas e “otras cositas más”.

Sou faixa preta, toco guitarra, um dia vou pular de asa.

Uma coisa sobre mim, sempre associo o que estou vivendo, ou simplesmente pensando, a alguma música, seja ela de que ritmo for, de que época for, tenha eu vivido ou não.

Coincidentemente, o convite para o salto foi feito num boteco por um amigo, vendo o jogo do Corinthians e tomando um choppinho. A arte marcial também, boteco diferente, bebida diferente. Já o violão... Preciso de um pouco mais de empolgação, aí quem sabe eu tomo vergonha e compro um.

Resolvi também cuidar um pouco de mim, cuidar da saúde: colesterol, triglicérides, ácido úrico e todos aqueles números que vêm escritos no resultado do exame de sangue; ir ao oftalmologista - tive que retirar umas coisinhas dos olhos que depois descobri serem hidroadenomas apócrinos (bonito nome não?) e terei que retocar minha cirurgia de correção a laser, feita há 7 anos. E por aí vai. Como disse um amigo meu, estou fazendo a revisão dos 35 mil km...

Tenho miopia, sou hipotenso, meu pé tá sempre dormente.

Aliás, os hidroadenomas apócrinos renderam uma história engraçada. Fui à oficina de um amigo (o mesmo da revisão dos 35 mil) e seu funcionário ao me ver sem as “protuberâncias” nos olhos perguntou se eu tinha retirado as “birrugas”, respondi que sim, e que eram hidroadenomas apócrinos, no que ele olha para mim e diz: “Ah, tá. Birruga.” e volta ao que estava fazendo. Nem para chamar de verruga! Ninguém me leva a sério mesmo...

Dez anos atrás tomei uma decisão que talvez tenha sido uma das mais idiotas da minha vida: larguei o curso de engenharia, por motivos que na época me pareceram certos, só que hoje vejo que nem tudo é preto ou branco, existe todo um leque de cinza... E como tudo nessa vida um dia volta ao ponto onde parou, tive que voltar para consertar meu erro, terminar meu curso.

Pelo menos estou tentando. Mas parece que para mim as coisas sempre são mais difíceis. A Universidade resolveu mudar as regras do vestibular, utilizar o Enem como primeira fase (a prova foi roubada, adiada e em seu lugar aplicada outra bem mais difícil) e uma prova inteira discursiva como segunda fase, coisa linda...

Depois da maratona de provas (devido ao episódio do Enem, as duas fases foram em finais de semana consecutivos), me vejo como um adolescente espinhento esperando pelo resultado do vestibular, algo que pode mudar minha vida. E adivinha quando sai o resultado? Quinta-feira depois do carnaval...

Outra coisa que também só começa depois do carnaval, regime. Sabe aquelas resoluções de fim de ano? Esse ano farei isso e aquilo, ou não farei aquilo e aquilo-outro? Pois é, só depois do carnaval... Vamos ver se consigo, pelo menos, me alimentar melhor, afinal de que adianta fazer revisão no motor do carro e continuar abastecendo com combustível ruim?

Não há mais festa, nem carnaval.

Acho que eu fui enganado.

Me diga as horas, eu vou embora

Hoje eu tô atrasado.”

O carnaval acabou, o ano está começando, finalmente.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Saudações

Sabe aquele dito da sabedoria popular de que todo homem tem que plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho? Árvores eu já plantei algumas. Filho já é outra história, para outro momento. E, como escrever um livro requer um pouco mais de trabalho, tempo e dedicação, quase como ter um filho, resolvi escrever um blog. O Blog do Moleiro.

Espero ter força e paciência para contar as coisas que me acontecem no dia a dia, que me tiram do sério ou que me fazem rir, as besteiras que me passam pela cabeça e que não são poucas, e aos poucos mostrar quem sou, para aqueles que souberem ler e entender, claro.

Muito prazer, Marcelo Moleiro.